A razão por meio da ciência

Fabiano Agrela Rodrigues

ASTRÓCITOS NÃO SÃO IGUAIS

Astrócitos não são iguais. Novos medicamentos podem ser desenvolvidos para agir em regiões específicas do cérebro através dos astrócitos.

O Baljit Khakh, professor e pesquisador sênior da universidade UCLA, e, seus colegas, fizeram avanços ao estudar os astrócitos, células da glia em formato de estrela. Células da glia são encontradas em todo o sistema nervoso, tendo como principal função a nutrição e proteção dos neurônios. Ou seja, são células que não emitem energia, eletricidade, não tem função corporal, de movimentos, funções específicas relacionadas ao corpo, mas que desempenho papel chave na existência dos neurônios; além disso, são células conhecidas por compor a barreira hematoencefálica (BHE).

Os pesquisadores descobriram que os astrócitos não são idênticos, não possuem o mesmo formato. Ao realizar o estudo em ratos, descobriu-se que a depender da área do cérebro, os astrócitos apresentam diferenças, como entre corpo estriado e hipocampo. Os genes envolvidos em cada área também apresentaram diferenças.

Com a descoberta, abriu-se a possibilidade de tratar doenças através de drogas que agem diretamente em cada estrutura de astrócito, ligadas a regiões cerebrais. Anteriormente, pensava-se que estas células eram iguais, impossibilitando a criação de drogas específicas, pois o medo era de que a mesma irradiasse os efeitos da droga por todo o cérebro, causando resultados adversos. Agora, é possível sugerir que podemos usar medicamentos para atingir astrócitos específicos de cada região e tratar doenças mentais correlacionadas.

Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues,
Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International