Jorge leiria

A propósito

Jorge Leiria

O mistério das alfarrobas

“Isto é uma loucura, o preço nunca esteve tão alto”: apreensões de alfarroba sobem 425% no Algarve. Em 2017 era vendido a 5 euros a arroba, atualmente vale 42. Este ano foram furtadas 64 toneladas, no valor de quase 180 mil euros. (Expresso, 25 de dezembro de 2021)

É frequente ouvir nos telejornais, e nesta altura do ano em particular, a indignação dos agricultores com o assalto às suas propriedades para o roubo das alfarrobas (e agora, novidade das novidades, dos abacates). Não posso, por isso, deixar de saudar o salutar exemplo dos moradores daqueles bairros, para os quais, diligente e com a resiliência de 500 anos ansiamos a sua inclusão e que, quais formiguinhas trabalhadoras as vão colhendo, ensacando e arrumando junto aos seus formigueiros, em local bem visível, para que a autoridade as salvaguarde de meliantes, enquanto o camião da fábrica não as vem buscar. E como Deus protege os que moiram de sol a sol, quando não por vezes, quando a tarefa é mais árdua, à inclemência da noite, por merecedora dádiva dos céus serão colhidas até já ensacadas.

Por outro lado, estou certo que o braço protector da respeitável, atenta e rigorosamente interventiva Autoridade da Segurança Alimentar e Económica não deixará de verificar na unidade de transformação da referida vagem, a legalidade da aquisição dessa matéria prima, confrontando os seus valores com os da produção e com a documentação contabilística. Que mistério estará subjacente a tal indignação? Isto há coisas que ultrapassam a compreensão do meu modesto bestunto!


Portugal fashion 21/22

Os momentos de crise, de aflição, de drama, desenvolvem no povo português, vá lá saber-se porquê, um espírito de iniciativa e criatividade anormal. Enquanto outros povos se encolhem constrangidos, deprimidos angustiados, o povo português liberta-se das suas amarras e dá azo à imaginação.

Vem isto a propósito do que considero o último grito da moda popular, lançado neste período de pandemia, um traje na linha "casual wear", que designaria por "Pijama de Treino". Em que consiste então o "Pijama de Treino"? nada mais, nada menos que um conjunto de duas peças, calças e blusão, da cor que prevalece na mentalidade do português, o cinzento, neste caso em tonalidade clara. O tecido, felpudo, é composto de fibras sintéticas de má qualidade, que lhe conferem um ar fôfo e balseiro.

As calças, pelo uso continuado, directamente da cama para o sofá, do sofá para o supermercado, do  supermercado para o sofá e deste para a cama, tendem a ficar largajonas. Com os movimentos de mudança de posição na cama, do decúbito dorsal para o ventral, deste para o lateral direito e para o lateral esquerdo, a que se segue o afundamento no sofá (onde o tecido já puído que o cobre deixa vislumbrar a cova na esponja amarela do estofo,) o fundo das calças acaba por desenvolver uma espécie de bolsa, o que dá a ideia do uso permanente de fraldas. Se nalguns casos isso será verdade para remediar os problemas da incontinência, na maioria, mas também nesses, confere um ar "hip hop" muito jovem e irreverente. O cordão ou o elástico que as cinge à cintura tende a ficar lasso, pelo que o utilizador ao curvar-se para apanhar de prateleira inferior do supermercado, onde passa a maior parte do tempo, uma caixa de mines ou uma "bag-in-box" de vinho "2 Pias" do melhor produtor de Aveiras de Cima, deixa vislumbrar por baixo, na melhor das hipóteses, umas cuecas garridas com uma faixa exibindo uma marca qualquer conhecida, na pior, a confluência das duas nádegas, no genuíno estilo proletário. O português é de perna curta e, assim sendo, as calças formam naturalmente um fole na zona do tornozelo.

Para que as orelhas não arrefeçam ao sair da cama para a rua, o casaco é provido de capuz, que caso não haja, poderá ser substituído por um boné tipo baseball com pala recta posta  para trás, admitindo como única excepção a colocação para a frente, caso leve  o reforço do capuz, a existir, enfiado por cima. As mãozinhas ficam agasalhadas em algibeiras laterais, semelhantes a duas sacolas, quais bolsas marsupiais.  Para os mais irreverentes, o casaco cinzento a condizer com as calças pode ser substituído por um mais vistoso, igualmente de tecido sintético, mas não felpudo e com um brilho esfuziante. Neste caso, as cores dominantes serão na combinação do azul, do branco e do vermelho, em faixas largas formando V's.

Os ténis de marca, frequentemente Ardidas ou Naike, arrastam-se já cambados. As meias, com os elásticos quebrados de usadas, lubrificadas a chulé, escorregam pelos pés para dentro dos ténis, deixando uma pequena faixa do canhão à vista, o que confere um look pós-moderno muito actual de meia-pé.

Os custos da troca da higiene corporal e da mudança regular da roupa pela comodidade de usar, dia e noite, na rua e em casa o mesmo vestuário, podem perfeitamente ser colmatados com um toque muito pessoal de desodorizante Axe.

Com a acentuação das temperaturas mais frias, desloquei-me novamente ao centro comercial para efectuar umas compras, mas para, sobretudo, ver o que os "influencers" da moda estabelecem como vestuário adequado para ir passear no supermercado nesta época natalícia. Constatei com indisfarçável alegria que o pijama de treino continua em alta. O pijama de treino é, como toda agente sabe, um composto híbrido de pijama e fato de treino, com funções multiuso. Porém apercebi-me de um toque muito simples de bom gosto que combina a funcionalidade na linha "casual wear" com a ostentação de distinta personalidade. É o que chamaria o pijama de treino usado em estilo marsupial. Em que consiste? Em encher os bolsos frontais do blusão com uma carteira atafulhada de papéis e cartões inúteis, maços de tabaco, isqueiro bic e telemóvel, e impulsioná-los com uma barriga proeminente, alimentada a vinho, enchidos, feijão e cerveja. Hoje, creio que dei um passo muito firme na definição do meu perfil de utilizador do chamado pijama de treino.

Desde que emoldurada por estes princípios básicos do "Pijama de Treino", a imaginação não aceita barreiras.

O que nos reservará o verão? Aguardemos com ansiedade!


Os cuidadores informais da segurança noturna

Oiço com a maior atenção os noticiários, e comove-me a situação aflitiva dos empresários e empregados da indústria hoteleira, da restauração e dos cafés, agora castigados com mais uma crise anunciada pela expansão exponencial da variante omicron do vírus Covid. Lamento também o impacte nos empresários dos locais de diversão noturna e dos seus funcionários. E incluo as empresas e funcionários que à porta ou entre portas asseguram que tudo funciona sem grandes atritos, com maior ou menor recurso, pautado pelo equilíbrio, à força musculada. Abandonados à sua sorte revolta-me, contudo, que nem uma palavra seja dirigida aos cuidadores informais da segurança noturna, arrostando à intempérie com todos os perigos, sob a inclemência das forças da natureza e da crueldade humana.  Quem garante o funcionamento de casas de maior recato, disciplinando clientela e protegendo trabalhadoras em condições mais vulneráveis? Quem regulamenta o negócio da distribuição organizada dos produtos que alegram e estimulam os frequentadores da noite? Quem impede que meliantes de outras origens invadam os locais sob o seu eficaz controlo? E quem monitoriza e organiza o comércio de instrumentos letais e assegura que se encontram em boas mãos? É bem verdade que o discreto uso de indumentária informal dispensa os gastos com fardamentos, mas, quem paga os necessários meios de persuasão, obviamente caros e de difícil aquisição e os consumíveis que os alimentam e cujo uso, nem sempre desejado, por vezes se justifica? E a compensação de risco em meio tão conturbado? Quem paga viaturas que sejam suficientemente rápidas e potentes para que a intervenção se faça em tempo oportuno? e o combustível e outras despesas inerentes? Incompreendidos e quantas vezes maltratados pelos agentes do poder, o meu modesto apelo a que o Conselho de Ministros se debruce e aja com celeridade ante esta classe profissional, desde sempre negligenciada e esquecida.


O meu passeio matinal

1 de Maio de 2020

Como habitualmente saí de manhã para dar o meu passeio, dentro das regras que o nosso governo determina, muito bem suportadas pelas orientações sábias da Direcção Geral de Saúde. Como pessoa que me considero consciente da segurança dos outros e, acima de tudo, consciente de que o meu próprio corpinho, com a idade provecta que ostenta é de veludo, desinfectei-me da cabeça aos pés à base de sabão Clarim, detergente da louça, WC Pato e álcool, como se fosse para um bloco operatório, entrei no carro, e desinfectei-o também como se de uma sala de operações se tratasse.

Ala que ele aí vai. O destino, como sempre, o percurso do Ludo, antes da recta que dá acesso à Praia de Faro. Eu sei que, ao fim do caminho ao longo da ria, ao chegar à Quinta do Lago, já estou a pisar terrenos do concelho de Loulé. Mas é só pôr um pouco o pé em ramo verde, que não há-de ser por tal que as autoridades me hão-de pegar.

Numa extraordinária visão de futuro, foi criado há algum tempo um enorme parque de estacionamento que, tanto quanto depreendo, tem em vista descongestionar o trânsito na referida praia. Nem mais! É aí que estaciono o meu humilde e modesto carrinho.

Faço o meu percurso de hora e meia a pé, que é o que considero adequado para receber a dose aconselhável de vitamina D, raios ultra-violetas e tónico muscular, cuidadosamente afastando-me dos corredores de fundo e ciclistas que para ali vão exibir orgulhosamente os seus lustrosos equipamentos e os seus dotes atléticos.

Regresso ao parque, assumo o comando da viatura, e preparo-me para regressar a casa de onde, neste dia, já não sairei mais - abrenúncio! E eis senão quando deparo-me com uma vedação, entretanto colocada, impedindo-me de ter acesso à rotunda que divide o caminho para a praia, do caminho para Faro. Encurralado entre baias e com um imponente guarda republicano ao pé, as minhas pernas tremiam como varas verdes - nunca gostei de fardas, sempre me atemorizaram.

— Aonde é que você mora e para onde é que você vai?

— Em Faro e vou para Faro;

— E de onde é que vem?

— Do parque de estacionamento logo aqui atrás, onde deixei o carro para fazer um percurso a pé sozinho;

— Como é que passou aqui?

— Às oito e meia o caminho estava livre, não havia baias e não estava aqui nenhum senhor agente (é importante manter uma atitude de deferência);

— Bom, se calhar alguém as tirou. E você conhece os sinais de trânsito?

— Creio que sim, acho que conheço mais ou menos (nisto não se pode afirmar peremptoriamente que se conhece tudo, pois é importante deixar uma margem de manobra para a autoridade brilhar, quando não tomam-nos de ponta, como se lhes roubássemos o dom da sabedoria);

— É que aquele sinal que ali está diz que o transito é proibido, excepto a residentes.

— De facto já tinha visto o sinal, mas não me passou pela cabeça que impedisse o acesso a um parque de estacionamento mesmo aqui ao lado, que é onde se deve estacionar. Convenci-me que era para impedir o acesso às casas rurais das hortas lá ao fundo e impedir os indivíduos que vêm brincar com drones encima daquele morro sobreposto ao aeroporto!

— Não senhor! está todo o acesso proibido!

— Mas então e aquelas autocaravanas ali estacionadas? São residentes?

— Vão sair de lá!

— Bom, estou esclarecido, tão cedo não volto cá (a menos que seja pela surra, pensei eu maldosamente, que Deus me perdoe). Por favor, abra então as baias para passar.

E perante a sua diligência, enquanto me mantinha entre tábuas, ainda lhe disse:

— Mas então estas bicicletas que estão passando por detrás de si, com indivíduos mascarados de ciclistas em cima, mandando bafos de partículas coronáveis a velocidades estonteantes, não são veículos? de duas rodas, bem entendido, mas ainda assim veículos que, apesar de terem as mesmas regras que os outros veículos, andam pelos passeios, andam em contramão, andam nas passadeiras de peões...

— Tentamos controlá-los, mas vêm de todos os lados.

Pensei para mim: aqueles polícias e guardas de antigamente, gordos, flácidos e com ar bonacheirão, mas maus e falsos como Judas, já não existem. Se estes não conseguem, como conseguiriam aqueles? Hoje são jovens atléticos, robustos e ai de quem caia nas suas mãos! Arrepiei-me de pensar!

Porém todos somos humanos. E aquele Adamastor, colapsando, lamentou-se em sincero sofrimento:

— Sabe? Imagine que desde meados de Março que não faço uma maratona na serra.

Simulei um esgar de espanto e exibi, da melhor forma que consegui, uma expressão de profunda compreensão. Desejei-lhe com sinceridade um bom dia e um bom trabalho.

O que é que se há-de fazer? Estamos todos neste barco...


O Portugal dos pequeninos

Que ternura... Afloram-se-me as caganitas aos olhos, só de pensar como o nosso povo é lindo - humilde; singelo; singular! E para ele, à sua modesta dimensão, o quotidiano rola suave, como que se sobre caroços de azeitona se tratasse. Para quê pensar grande se pequeno é maravilhoso? tudo é consumido com parcimónia, às metades, em tamanhos reduzidos, enfim, elevando a pequenez como sua marca existencial.

Ao pequeno almoço, meia de leite com meia torrada. Talvez depois, uma bica curta e bolinho miniatura, só para adoçar a boca mas manter o regime.

Ao almoço sim, meia dose de cozido à portuguesa. A acompanhar? meio jarrinho de vinho tinto da casa. Como sobremesa? dispensável, ou uma tacinha de arroz doce. Para rematar, café e meio uísque em balão.

Saído do trabalho, a hora é do lanche, e aí surgem duas alternativas:

A tradicional, a tasca, o copinho de dois, tinto do especial, servido ligeiramente acima do risco que indica a metade da quantidade referente ao copo de três, cuja medida é cheio. Quantos? até ter avonde! Como conduto, o pratinho de saladinha de orelha, de ovas ou de grão com bacalhau; o rissol, o pastelinho, agora a chamuça; tudo muito linear, muito terra a terra, muito diminuto.

A moderna, resultante da grande invenção portuguesa das últimas décadas do século passado - a mini, medida, tanto quanto sei, única no mundo. E aí tudo fia mais fino. A mini só pode ser bebida pela garrafa, como posteriormente, à imagem, foi institucionalizado para todas as bebidas engarrafadas. Porque se quer poupar louça? não! porque se duvida da higiene da lavagem dos copos? Não o creio, mas talvez possa estar aí a origem. Seguramente porque se tornou um ritual. Após a remoção da cápsula pelo funcionário do estabelecimento, em movimentos de arrogância e dúvida, a embocadura da garrafa é aplainado com a palma da mão, esteja esta lavada ou emergente dos trabalhos mais rudes ou das limpezas mais íntimas. seguidamente o gargalo é acariciado do rebordo ao rótulo num movimento de cima para baixo como se de um falo se tratasse. A operação é concluída com a introdução do dedo indicador na abertura e a sua remoção rápida emitindo um estalido. Uma, duas, três, ... dez minis, que sei eu (conforme a companhia), aqui acompanhadas da tradicional sandocha, do prego, do cachorro ou da bifana, de um modo geral partida ao meio.

O café acompanha todas os momentos do dia. Bebida tradicional e baratucha, aí, o nosso povo não vai em brincadeiras, alça dos seus galões e torna-se exigente. A bica pode ser curta, pode ser em chávena cheia, pode ser abatanada, pode ser pingada, pode ser com cheirinho, pode ser em chávena fria, pode ser em chávena escaldada, pode ser um garoto, pode ser um carioca (e este até pode ser de limão) sabe-se lá onde a imaginação pode chegar, desde que seja para infernizar a vida ao empregado de mesa ou de balcão, porém numa de óbvia e característica, simulada ou não, ingenuidade.

O jantar é frugal. Restos do que sobrou de anteriores refeições, a tabuinha com o queijo e o chouriço, e a sopinha, não no prato apropriado, mas na simpática e aconchegadora malguinha. Eventualmente peça de fruta da época. O vinho é tirado a copinho do bag-in-box, que é como o nosso povo diz, com algum sarcasmo bem entendido, onde se leva no pacote, o vinho para casa. Voltamos ao mesmo - café, uísque, brande, bagaço, enfim digestivos, tratemo-los por «calmante», «tira-nódoas» ou seja qual for o termo, o que de resto faz vir tudo a dar no mesmo.

E depois o serão, o ansiado e repousante serão, rico em telenovelas - intriga, traição, porrada para cima, ameaças de morte, pistolas e facas - até entupir o imaginário do nosso vulnerável, disponível e abnegado povo do que se não deve fazer e, sendo claro que não se ouvindo alguma voz contra, é louvável intuito de, pela negativa, alertar e prevenir a violência doméstica, a violência nas escolas e a violência em todos os actos do convívio social.

E é este o Portugal dos pequeninos. Bem haja!


O que seria de nós sem os brasileiros?
Jorge Leiria

Assistia na televisão, não tanto atónito (já nada me surpreende) mas sim incomodado, ao desfile LGBTI+ outro dia em Lisboa. Se a tal comunidade lhes assiste o direito (que não questiono) de exibirem o seu orgulho, a mim ninguém me tirará o direito de reservar a minha sensibilidade.
A influência vanguardista dos nossos irmãos brasileiros nesta matéria é notável, pelo que recordo alguns excertos de um texto cheio de humor e oportunidade do nosso José Vilhena (Gaiola Aberta, n.º 29, 2.ª série Novembro de 2005), temendo a sua eventual perda. Ora tomem nota:

... «Receio bem que este pobre e desajeitado país, privado do engenho, da graça e do calor humano dos nossos irmãos brasileiros, entre em colapso e acabe desabando ... Vão-se embora os dentistas brasileiros, que (melhor ou pior) nos tratam a boquinha ao preço da uva mijona; vão-se os futebolistas e treinadores brasileiros, que fazem andar a bola cá em Portugal, vai-se a Heloisa Gorda, o desembaraçado Frota e os realizadores brasileiros que tocam prá frente as nossas produções televisivas; vão-se os bispos e padres brasileiros da Igreja Universal do Reino de Deus e de outras afreguesadas seitas; vão-se os bruxos e cartomantes brasileiros que adivinham a sorte dos portugueses e acodem às suas aflições. Como vamos viver sem eles? E vão também as inúmeras putas brasileiras, cujas bundas aquecem as noites portuguesas, com elas vão os maricas e travestis brasileiros que trouxeram outra alegria e colorido às nossas ruas. E, é claro, deixam de vir do Brasil os reis e rainhas dos nossos carnavais provincianos.
...E vai-se também o abandalhamento da língua portuguesa - tão legal, com o pessoal a bater papo, a encher o saco, a fofocar e a curtir no bem-bom.".

E foi isto tudo que, a propósito me ocorreu.