Fabiano de Abreu

A razão por meio da ciência

Fabiano de Abreu Rodrigues

O estilo musical de pessoas inteligentes

 

 “Sem música a vida seria um erro”, já disse o filósofo primaz Nietzsche, em 1889. A manifestação sonora, porém, muito antes da constatação do pensador, já era capaz de unir povos, demarcar crenças e costumes e estabelecer identidades culturais. Segundo relatos, seu surgimento pode ser datado ainda na pré-história, até mesmo antes da formação da linguagem e do aparecimento da agricultura. Hoje, todavia, apreciada pela maioria da população, a música também é instrumento de avaliação sobre a personalidade de um indivíduo, como, por exemplo, ser possível, por meio dela, categorizar qual estilo é mais apreciado por pessoas com QI elevado.

Levando em consideração que somos mais inteligentes que os demais animais devido ao desenvolvimento do lobo frontal, onde há no córtex pré-frontal humano a chamada sinaptogênese, intensa comunicação entre neurônios num processo de formação, fortalecimento e eliminação de conexões sinápticas que estão relacionadas com a habilidade de raciocinar sendo esta região responsável pelo comportamento social e raciocínio lógico, logo, não há outra maneira de definir o estilo musical de pessoas inteligentes que não seja entrevistando pessoas cujo alto QI foi comprovado em testes válidos.

No estudo “O estilo musical de pessoas inteligentes”, o objetivo era compreender a preferência musical de pessoas com QI acima do percentil 98 (que equivale a acima de 130 pontos pelo teste WAIS), em diferentes ocasiões e a razão pela predição do estilo.

A pesquisa foi realizada com um grupo de 50 pessoas dentro da categoria estabelecida que responderam à pergunta: Qual seu estilo musical preferido? Lembrando que, como conceito de inteligência gera sempre muita discussão, já que muitos falam dos diferentes "tipos de inteligência", também por isso criei a definição de inteligência DWRI (veja mais em Tecmundo). Já que sim, existem tipos de inteligência, mas existe uma inteligência lógica que orquestra todas as demais e esta só pode ser medida através de teste de QI, utilizados em todos os países do mundo.

Para analisar as respostas, foi preciso compreender qual a influência da música no cérebro, já que é sabido que processamento musical é envolvido por percepção musical, reconhecimento e emoção, e que o córtex cerebral auditivo primário e o giro temporal superior são responsáveis por trazer a percepção musical.

O córtex primário é sensível à percepção do tom, a associação auditiva está relacionada ao processo de melodia e não lineares como harmonia e que o ritmo está relacionado ao cerebelo, gânglios basais e lobos temporais superiores.

Em relação ao reconhecimento memorial musical e a emoções ligadas à música estão envolvidas as partes do cérebro como: órbito-frontal e o sistema límbico. Sendo assim, partimos do pressuposto de que a música consegue ativar diversas áreas cerebrais.

O estudo foi realizado através de entrevistas qualitativas com amostra de conveniência. Concluiu-se que o estilo rock, seguido pelo heavy metal são os preferidos das pessoas mais inteligentes, e que a música instrumental clássica é a mais utilizada em momentos de estudo e concentração destes.

Por fim, após a entrevista e a conclusão, sugere-se a realização de estudos com população amostral maior e um grupo controle, para a retirada de vieses de pesquisa, no entanto, pode-se concluir que pessoas inteligentes preferem estilos musicais mais elaborados e fundamentados na teoria musical e que gêneros mais “populares” não são apreciados por estas pessoas.

Saiba mais aqui:
https://cpahjournal.com.br/index.php/cpahofhealth/article/view/33/79